“Santa Cruz – Volume I – Era Jesuítica 1567-1759” – Benedicto Freitas. Livro usado, à venda na livraria Meu Rio de Todos os Tempos.
“Edição rara” e muito difícil de encontrar no mercado. Uma verdadeira preciosidade para colecionadores e apaixonados por história.
Sobre o Volume I
O Volume 1 da coleção Santa Cruz: Fazenda Jesuítica, Real e Imperial, de autoria do jornalista e historiador Benedicto Freitas. Apresenta uma análise aprofundada e minuciosa da Era Jesuítica no bairro de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Desde as primeiras páginas, o autor conduz o leitor, de forma envolvente e progressiva, por um percurso histórico. Esse percurso revela, com riqueza de detalhes, o papel determinante dos jesuítas na formação social, cultural e econômica da região.
Inicialmente, o autor contextualiza a presença jesuítica. Abordando os aspectos religiosos, educacionais e administrativos que definiram a fundação da antiga fazenda. Em seguida, ele examina, como os jesuítas estruturaram o espaço físico e implantaram um modelo de ocupação que viria a influenciar decisivamente o desenvolvimento posterior da localidade. Além disso, o autor estabelece conexões claras entre a atuação da ordem religiosa e os desdobramentos históricos que se seguiram, tanto em nível regional quanto nacional.
Fontes históricas
Não obstante sua capacidade de síntese e clareza expositiva, Benedicto Freitas demonstra, ao longo da obra, um profundo domínio das fontes históricas. E uma impressionante sensibilidade para destacar a importância dos marcos arquitetônicos, sociais e simbólicos deixados pelos jesuítas. Assim, ao interpretar os documentos e registros da época, ele constrói uma narrativa acessível, informativa e, sobretudo, reveladora das raízes históricas de Santa Cruz.
Sobre o autor
Ademais, é fundamental destacar a trajetória do autor. Nascido no Rio de Janeiro, em 10 de janeiro de 1910, Benedicto Freitas teve uma carreira marcada por dedicação ao jornalismo e à pesquisa histórica. Atuou em diversas publicações importantes da cidade e, durante mais de 15 anos, foi diretor e editor regional da revista Imprensa Rural, um dos mais conceituados veículos da década de 1950. Nesse espaço, publicou textos de intelectuais renomados e, de forma visionária, um importante ensaio sobre os tupamaros, antecipando discussões que só viriam a ganhar notoriedade décadas depois.
NOPH
Além disso, Freitas fundou o Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica (NOPH) em Santa Cruz, sendo também ativista cultural e defensor do patrimônio histórico, como comprovam sua atuação nos Amigos da Ponte dos Jesuítas — um monumento nacional — e sua presidência no Lions Club em 1987. Recebeu a medalha de ouro no III Encontro Internacional de Eco-Museus, realizado em maio de 2000, em Santa Cruz. Ademais, colaborou com o Mensário do Arquivo Nacional (MAN), com a revista Sul-América, entre outras publicações regionais, e foi reconhecido como acadêmico-correspondente em diversos institutos históricos e culturais, como o de Angra dos Reis, Campo Grande e Paraty.
Portanto, ao reunir sólida pesquisa, narrativa fluente e comprometimento com a preservação da memória local, o primeiro volume de Santa Cruz: Fazenda Jesuítica, Real e Imperial revela-se leitura indispensável para estudiosos, professores, pesquisadores e leitores que desejam compreender, com profundidade, as origens de Santa Cruz e sua relação com a história do Brasil colonial e imperial.
Benedicto Freitas faleceu no Rio de Janeiro em 20 de maio de 2002, deixando um legado inestimável para a historiografia carioca e para a memória do bairro que tanto amou e estudou.
Onde encontrar o livro:
Na livraria online Meu Rio de Todos os Tempos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Cruz_(bairro_do_Rio_de_Janeiro)