No Brasil do século XIX, as esposas eram responsáveis pelos filhos e pela linhagem, portanto, pelo sangue. Enquanto isso, as amantes proporcionavam prazer e, consequentemente, a carne.
Por um lado, a imperatriz D. Leopoldina era uma mulher pura, dedicada ao casamento e obediente ao marido, D. Pedro I. Por outro lado, o imperador, por sua vez, não se poupava de ter inúmeras relações extraconjugais.
Entre suas amantes, Domitila era conhecida como “a favorita”. Dizia-se que ela era a encarnação de todos os vícios, incluindo luxúria, ambição e ignorância.
Em ‘A carne e o sangue’, Mary del Priore reinventa a maneira de contar a história e, assim, nos leva a um conteúdo inédito, revelando, dessa forma, detalhes do triângulo amoroso formado por D. Pedro I, D. Leopoldina e Domitila.
Sendo assim, com um texto envolvente, a autora presenteia o leitor com cartas de D. Pedro I à amante e à esposa, e de Leopoldina ao marido e à irmã. Nessas cartas, apelidos e intrigas são apenas alguns dos ingredientes de uma trama efervescente e atual, em que erotismo e ciúme são expostos em paralelo com a história do Brasil e da cidade do Rio de Janeiro.